sábado, 17 de julho de 2010

Conservar algo que possa recordar-te seria admitir que eu pudesse esquecer-te.


Cá estou eu em mais uma noite... a pensar no tempo que passou desde a última vez que nos falamos, desde a última vez que nos olhamos nos olhos, desde a última vez que sorriste para mim com aquele olhar que nunca vou esquecer... aquele olhar em que tantas vezes me perdi. Passou tempo demais! Ontem à noite foi a última vez que te vi, há distância como já vai sendo habitual, é impressionante como mesmo ao longe ver-te mexe comigo... as coisas mudaram tanto desde aquela altura, eu mudei muito, tenho a certeza de que também, no entanto aquilo que sinto parece intemporal, às vezes penso que estou a esquecer-te... a conseguir seguir em frente... mas a verdade é que basta a tua presença para me fazer perceber que ainda não acabou. Dou por mim a pensar em como seria bom ter-te por perto, se algum dia isso vai voltar a acontecer, eu sei se sou fraca, que não tenho feito tudo o que podia par voltar a aproximar-me de ti mas o medo de perceber que te sou indiferente leva-me a preferir viver na expectativa, não sei se conseguiria aguentar perceber que não significo nada para ti, por outro lado... talvez seja isso que me falta para te conseguir tirar do meu pensamento. Outra das hipóteses é que a nossa reaproximação fizesse com que te tornasses novamente no centro da minha vida… e isso, eu não quero! Orgulho-me da autonomia que ganhei entretanto, a capacidade de ter outros projectos, outras coisas que me fazem felizes para além de ti.
Eu acredito no destino, acredito que tudo o que acontece na nossa vida tem uma razão de ser, hoje eu sei que o melhor foi não ficar contigo há anos atrás, caso contrário, não seria a mulher que sou hoje, a mulher que me orgulho de ser… ao contrário da adolescente frágil a única coisa que esta mulher não consegue superar é a tua ausência, mas ao contrário de há uns anos atrás, já consigo viver e ser feliz assim… longe de ti.
Estou determinada a ir em frente e conquistar a única coisa que me falta para me sentir completa, Tu! Afinal… o que é que eu tenho a perder? Como diz a minha melhor amiga, o não está garantido, há que lutar pelo sim, e se eu continuar como até agora… só vou conhecer o não por isso, vou mudar de postura, de uma coisa eu tenho a certeza, acabe como acabar esta história, vai ser melhor do que esta incerteza.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Um dia troco o certo pelo incerto!


Passamos a vida a tomar decisões, maioria das nossas escolhas devem-se ao facto de que se seguirmos por aquele determinado caminho temos a certeza de que vai ficar tudo bem, de que vamos chegar exactamente onde queremos. Falo por mim, a palavra arriscar não faz parte do meu vocabolário, tomo sempre as decisões mais seguras, mais certas. Adoro representar e das poucas coisas que fiz até tive algum sucesso, mas era mais seguro ir para a universidade e arranjar um emprego "decente" como diriam os meus pais. Não que eu não goste do curso que estou a tirar, adoro psicologia e tudo o que tenho aprendido ao longo destes dois anos na universidade. Mas ás vezes penso como é que seria se tivesse ido à aventura sem pensar tanto no futuro. Como é que seria se em determinada altura da minha vida tivesse escolhido namorar com uma pessoa em vez de outra porque essa 1ª de certo seria um melhor namorado, porque a relação seria mais segura... não me consigo lembrar de nenhuma loucura que tenha cometido na minha vida, tenho sido sempre muito "certinha".

Ás vezes apetece-me acordar e simplesmente arriscar algo novo, algo que me faça sentir vida, que me faça sentir adrenalina ou alguma emoção. Sinto-me cançada da minha vida sempre simples e parada em que nada de especial acontece. Apetece-me despir-me de quem sou e construir um novo Eu, ter a capacidade de seguir os meus instintos, os meus impulsos, mesmo que estes mais tarde me façam sentir algum tipo de arrependimento.

Até hoje tenho-me empenhado em construir a minha vida como mandam as regras da nossa sociedade, mas começa a apetecer-me construir as minhas próprias regras. Porque afinal se sou que carrego com as consequências das minhas próprias decisões porque não posso decidir aquilo que me apetece, porque é que não posso por um único dia não pensar no amanhã?

Quero aprender a viver os momentos, um de cada vez, o mais intensamente possível!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Posso partilhar tudo, menos o sofrimento


Considero ter amigos, pessoas com quem posso contar para rir, chorar, desabafar. Mas por mais que me esforce, nos momentos em que sou assombrada pela tristeza, acabo sempre por me isolar. E assim passo noites em branco, ás voltas na cama a pensar nos meus medos, nas minhas ansiedades, nas minhas frustrações... e na manhã seguinte com ou sem olheiras, não falo uma única palavra sobre o assunto. Há um provérbio que diz "Noites alegres manhãs tristes", comigo é exactamente o contrário, no silencia e na solidão da noite por vezes desespero, durante o dia mesmo que sozinha encontro alento, é como se com o novo dia nascesse uma nova esperança, a esperança de conseguir acabar com as lacunas que me perceguem, com coisas que ficaram lá atrás mas que eu não consigo esquecer, aceitar... é muito raro eu chorar, muito menos em frente a outras pessoas. Posso partilhar tudo, menos o sofrimento. Com os meus amigos prefiro rir, desfrutar ao máximo da companhia deles, sem falar de coisas más. Não sou hipócrita, não riu quando não me apetece e todos conseguem notar ao olhar para mim se eu estou bem ou estou mal. Simplesmente quando estou menos bem prefiro me ausentar, para não chamar à atenção, para que não se preocupem comigo, para não mostrar as minhas fraquesas... na verdade nem eu sei bem o porquê. Acho que talvez se deva ao facto de eu me ter habituado a resolver sempre os meus problemas sozinha.

sábado, 1 de agosto de 2009

Sem rumo...


Ultimamente sinto-me perdida... olho para a minha vida e o que parecia tão certo, tão estável e seguro parece agora fugir-me das mãos. Não me sinto bem na minha própria casa entre a minha família, onde sempre encontrei o meu porto de abrigo, a verdade é que parece que ninguém me entende, parece que não falamos a mesma língua. Nem sempre me consigo sentir bem com os meus amigos, nuns momentos estou a rir-me com eles noutros a tristeza bate e sinto necessidade de estar sozinha, talvez porque nesses momentos me sinto mais só acompanhada do que quando estou literalmente sozinha. Sinto um aperto no coração e parece que a minha cabeça voa para longe.

Ansiedade, de voltar a sentir que tenho o mundo nas mão, que os passos que dou são sólidos e correctos. De voltar a sentir ânimo, adrenalina ao pennsar em qualquer coisa, ao fazer projectos porque de momento não tenho nenhuns e isso deixa em mim um vazio...

Talvez isto ainda seja a reçaca do fim de uma relação de três anos, em que a cumplicidade, o carinho e o respeito estava sempre presentes, em que eu sabia que o tinha sempre ao meu lado se precisasse de falar, de rir, de chorar, de um abraço ou simplesmente de sentir que tenho alguém ao meu lado. Não posso dizer que está a custar mais do que eu pensava porque até agora não está. Simplesmente gostava que os meus olhos voltassem a brilhar.

Pergunto-me se mais alguma vez sentirei aquilo que senti... tenho medo de ter expulsado a pessoa certa da minha vida por causa de uma utopia E se o homem perfeito tem estado ao meu lado este tempo todo e eu na ansia de encontrar alguém sem defeitos só me aperceber disso tarde de mais?

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Depois do amor...


Os sentimentos são como as correntes do mar que mudam as suas direcções, se uns dias estão a nosso favor, outros estão contra. Os sentimentos tal como as correntes por vezes afastam-nos daquilo que nós queremos e planeamos... ou achamos que queremos... é nestas alturas que o homem toma consciência de que o mundo não está nas suas mãos, de que se não quer perder quem ama tem de estimar essa pessoa, mostrar o que sente, não com a palavra mas sim com os actos, os pequenos e os grandes, aqueles que fazem toda a diferença. Quando os nossos actos não demostram o que sentimos a quem amamos, perdemos essa pessoa para além de a magoarmos e aí... de que adianta lutarmos contra a corrente? As palavras de alguém sincero nunca diram o contrário do que o coração sente! É estranho pensar que já amámos muito alguém, que já pensamos em casar, ter filhos e viver felizes para sempre, que já sentimos aquela paz e aquela alegria no coração quando nos entregamos de corpo e alma, e agora não resta nada. Faz-nos pensar que nada é para sempre, no que diz respeito aos sentimentos e ás emoções.